REPORTAGEM DO JORNAL A SEMANA SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO (O VERSO E O POEMA

A paixão,segundo Neuza…  

Neuza é filha do saudoso professor Alair e Neuza Spínola, nasceu em Presidente Prudente, viveu 18 anos em Paraguaçu. Reside em Belo Horizonte, cidade que escolheu para estudar, trabalhar, criar suas três meninas e poetar, sua paixão maior.
Neuza Maria é uma mulher forte, madura e encantadora. Orgulha-se de seus princípios morais ensinados por seus pais.
Em visita a Paraguaçu, Neuza esteve na redação do A Semana e nos contou sobre sua vida, seus gostos, sonhos e sobre seu livro, O Verso e o Poema, que será lançado hoje em São Paulo na editora Scortecci.

Nome completo: NEUZA MARIA SPÍNOLA

Nome de seus pais: ALAIR DA SILVA SPÍ­NOLA E NEUZA MOREIRA SPÍNOLA

Local e data de nascimento: PRESIDENTE PRUDENTE SP

Nome de suas 3 filhas: Mariane, Adriane e Josiane

Viveu quantos anos em Paraguaçu? 20 anos

Formação: Comunicação
Social em Relações Públicas

Profissão: Micro empresário e Professora de Informática

Um escritor(a): John Powell

Um livro: Os Fantoches de Deus

Uma poesia: Se for minha,  gosto muito de Na Tua Janela (tenho-a em vídeo no Youtube)

Gosto muito do gênero – Florbela Spanca – ( Os Meus
Versos)

Uma música: Osvaldo Montenegro – Quando a gente
ama

Um filme: Uma noite de Tormenta

Uma paixão: Tenho várias paixões, mas a maior é a Poesia mesmo! Depois vem a mú­sica, pois sempre gostei de cantar, gosto de paisagismo, flores, e se eu pudesse voltar aos 20
anos, faria arquitetura, que foi meu grande sonho.

Um lugar: Hoje seriaPortugal,

Um sonho: O primeiro sonho sempre foi a edição do meu livro que está saindo agora, aliás em dois lugares consecutivos, Brasil e Portugal.

Depois dele quero comprar meu apartamento e estou quase
chegando lá. Deus está me abrin­do as portas todas de uma vez.

Praia ou montanha? Praia

 

Água ou vinho? Água
para matar a sede e vinho, nas horas de comemorações

Doce ou salgado? Salgado.
O doce engorda, rsrsrs

O dia ou a noite? Noite,
sempre fui uma verdadeira coruja. Adoro o silêncio que a noite propicia para me
inspirar, e a maioria dos meus poemas foi escrito à noite.

Conte-nos um pouco de sua história em
Paraguaçu.

Meus pais vieram para cá quando eu tinha 5 anos. Viemos
em 4 irmãos pequenos sendo eu, a mais velha. Aqui nasceu o caçula e nos es­tabelecemos
na cidade, através do Prof Célio Siqueira, cuja esposa, Aidée é prima da minha
mãe.

Tive uma infância difícil, meus pais eram muito
severos, e fui criada muito fechada, submissa, dependente deles.

Sempre sonhei estudar longe, para conseguir aprender a
voar sozinha. Não foi fácil ficar livre do jugo deles, mas consegui, até sem
grandes empecilhos por parte do meu pai. Minha mãe tentou me demover da ideia,
mas não con­seguiu. Fui para Belo Horizonte, com 21 anos, e comecei a fazer
faculdade. Logo em seguida consegui um emprego de recepcionista e comecei a
trabalhar. Desde então a luta foi árdua, mas nada, nenhum sofrimento me demoveu
dos meus propósitos de aprender a viver e a voar sozinha… Fui deter­minada  a enfrentar tudo.

Enfrentei muitos desafios, me casei em 1977, tive minhas
filhas e consegui, apesar de enfrentar muitas barreiras, criá-las bem.Hoje já são adultas e independentes, graças a Deus. Ótimas e lindas filhas.

Quando e como você se descobriu
escritora?

Na realidade, só acreditei mesmo que estava me tornando
escritora quando li para o meu pai, um poema, num período em que estive em
Paraguaçu para cuidar dele doente, en­quanto minha mãe havia quebrado o fêmur
também. Passei 45 dias dentro de casa e minha distração era escrever.Foi então que  fiz  um poema e ele quis que eu o lesse.

Naquele momento ele me disse que eu me dedicasse à poe­sia,
pois eu escrevia melhor do que ele. Mesmo assim, ainda tive dúvidas, mas àquela altura,  já tinha mais de cem poe­mas prontos e adorava escrever. Foram aminha terapia nos momentos mais difíceis da minha vida.

O que a inspira?

O poeta não precisa procurar inspiração. Ela surge como
a brisa que bate de repente e toma conta da gente. Quando termino umpoema, parece que tive um filho. É uma criação nova, uma semente que germina.